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Tornar-se Negra e professora decolonial:

A importância da palavra e do coletivo na constituição de identidades   Grace Kelly Ferreira RESUMO O colonialismo dos séculos XVI ao XIX, responsável pelo domínio de terras nas Américas, Ásia e África, também colonizou subjetividades. Territórios e populações dominadas por europeus sofreram processos de episteminicídios. As escolas e universidades ainda apresentam um saber eurocentrado que produz apagamentos. O artigo pretende demonstrar que é por meio da palavra e dos movimentos coletivos que o negro e outros povos subalternizados (re)constroem suas identidades, não na alteridade e supremacia branca. É por meio da construção do próprio discurso, contando sua própria história, exercendo autonomia que ocorre o processo de decolonização de subjetividades. Para isso o artigo parte de uma questão pessoal/profissional e de uma discussão bibliográfica dos trabalhos de Neusa Santos Souza e Frantz Fanon e outros teóricos da decolonialidade, fundamentais para repensarmos a produção do...

Admirável Mundo Novo, lido em 2017

"Se considerais ter agido mal, arrependei-vos, corrigi os vossos erros na medida do possível e tentai conduzir-vos melhor na próxima vez. E não vos entregueis, sob nenhum pretexto, à meditação melancólica das vossas faltas. Rebolar no lodo não é, com certeza, a melhor maneira de alguém se lavar." Admirável Mundo Novo, é uma distopia escrita por Aldous Huxley em 1931,  enfatiza o progresso da ciência no que diz respeito aos indivíduos humanos. O progresso científico que pode modificar a vida radicalmente. Existem várias impressões que se pode tirar de uma primeira leitura desse livro, uma delas é a ideia de servidão voluntária:   "um estado totalitário verdadeiramente eficiente será aquele em que o todo poderoso comitê executivo dos chefes políticos e o seu exército de diretores terá o controle de uma população de escravos que será inútil constranger, pois todos eles terão amor a sua servidão." É interessante conectar músicas nacionais como "Admirável Gado Novo...

Fichando o livro 21 Lições para o século 21

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          Olá, aqui é a Grace, criadora deste blog e o que segue abaixo são apenas trechos literais do livro do historiador israelense Yuval Noah Harari -  21 lições para o século 21 , publicado em 2018, ou seja, antes da pandemia do Covid-19. Foram os trechos que almejo fazer uma síntese no futuro. Importante mesmo ler o livro na íntegra, fazer suas próprias reflexões e tirar suas próprias conclusões. Sugiro ler antes, os outros dois livros do autor: Sapiens - Uma breve História da Humanidade e Homo Deus: uma breve história do amanhã.  *** HARARI, Yuval Noah. 21 Lições para o século 21. Tradução Paulo Geiger. – 1º ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2018.   Parte 1  O desafio tecnológico  Os humanos pensam em forma de narrativas e não de fatos, números ou equações, e, quanto mais simples a narrativa, melhor. Toda pessoa, grupo e nação tem suas próprias lendas e mitos. Mas durante o século XX as elites globais em Nova York, Londres, ...