Apologia da História ou Ofício de Historiador
Olá caros estudantes, o
texto que segue abaixo é uma pequena síntese produzida por mim de introdução
aos estudos históricos. É um texto básico para estudantes de ensino fundamental
e médio se apropriarem de alguns conceitos iniciais e essenciais da história do
conhecimento a partir do livro Apologia da História ou Ofício do historiador escrito pelo historiador francês Marc
Bloch.
Introdução
à História
A
pergunta feita muitas vezes por alguns estudantes de história é: _ por que
estudar história? para que serve isso em minha vida? Marc Bloch, um historiador
francês, também foi questionado pelo seu filho a respeito do objetivo da
história. Vamos buscar através das próximas linhas discorrer sobre o que é
história, sua função, o que são fontes e como a história está dividida
tradicionalmente.
A
história é uma palavra de origem grega. O termo história vem de “Istorie”
que significa investigar. Poderíamos responder que história é investigar o
passado. Mas, fica vago essa resposta. Segundo Marc Bloch (2001), afirmar que o
passado é o objeto da história é absurdo. Sendo assim, para esse historiador
história é uma “ciência do homem”, mas ainda fica incompleto, sendo preciso
acrescentar que história “é uma ciência dos homens no tempo”. Logo, a história
é uma ciência que estuda as ações humanas no tempo. (p. 52 e 55, 2001)
Mas,
qual o objetivo da história? Para que serve estudar história desde o ensino
fundamental até o médio e ao longo de nossas vidas? Estudar história tem uma
função, tem um método, tem um objetivo. Entre eles é orientar a vida dos
estudantes através do conhecimento do passado. Compreender as ações humanas
através da interpretação de diferentes fontes. Compreender e não julgar o
passado ou as mulheres e homens do passado. O objetivo da história é trabalhar
as diferentes consciências que cada um tem e traz consigo de suas famílias, da
comunidade onde vive, de suas crenças e culturas. E, essencialmente contribuir
para a elaboração de um pensamento e comportamento crítico e atento em relação
ao presente. Ajudando os estudantes perceberem a relação passado – presente –
futuro.
E
de onde extraímos as informações do passado? São as fontes que nos dão essas
informações das ações humanas no tempo. Essas fontes podem ser diversas e elas
não falam por si. Fontes aqui é tudo aquilo que o homem disse, fez, escreveu,
pintou, deixou marcado no tempo e que pode ser acessado por nós no presente.
Podemos categorizar as fontes como documentos históricos, provas da veracidade
dos fatos, evidências humanas no tempo. E elas podem ser baseadas na oralidade,
na escrita, podem ser baseadas em imagens, monumentos, instrumentos de trabalho
como uma enxada por exemplo. Todos esses elementos são provas da existência e
das ações humanas no passado e trazem conteúdo humano consigo.
Segundo
Marc Bloch “a diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo que
o homem diz ou escreve, tudo que fabrica, tudo que toca pode informar sobre
ele.” Porém, tais fontes, tais documentos do passado não falam por si, só falam
quando questionados, quando interrogados pelo historiador e estudante de
história. (p. 79, 2001)
Lembrando que esse texto é apenas uma síntese de introdução aos estudos históricos. Para mais profundidade é importante continuar a busca. Pois, como bem diz Marc Bloch, “o passado é, por definição, um dado que nada mais modificará. Mas o conhecimento do passado é uma coisa em progresso, que incessantemente se transforma e aperfeiçoa”. (p. 75, 2001)
Referências
BLOCH, Marc. Apologia da história, ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.


Maravilhoso texto!
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